sábado, 9 de julho de 2011

Mas eu sou inocente!

Mas a vida, essa vida...
ô vidinha mais canalha.
É que às vezes, só às vezes ok,
bate a falta de lirismos, de ostracismos, de gnosticismos, de espiritualismos
e só me sobra no finalzinho do prato aquele caldo de amargar.
A marvada, a bandida vida.
Cansei de soluções metafísicas pros meus problemas vagabundos!
Sou ordinariamente tão humana que já cansei os olhos.
E devo cansar seus ouvidos
e seus olhos também, caro leitor.
Nessas dias de Sol quente e faltas incomensuráveis
Vou levando e esquecendo as tormentas...
Mas só de vez em quando, ok?


Tom Zé pras horas de revolta, samba pras horas de canalhice... Beijos!


3 comentários:

  1. Fez-me pensar em Adélia:
    "Deus, de vez em quando, me castiga. Me tira a poesia. Olho pedra e vejo pedra mesmo."

    é que é muito cansativo viver o tempo todo do lado de dentro. Às vezes, a gente quer mesmo é só viver. E fica bom por um tempo. Depois, de repente, alguma coisa sara não se sabe onde e a gente volta a ter perplexidade. Eu acho bonito o ritmo das marés, que também é o da vida. É bom ouvir quietinho o ronco do mar imenso.

    (Des)Cansa um pouquinho também, moça. Para a maré encher tem que secar primeiro.

    Beijo =*

    ResponderExcluir
  2. E (des)fazemos da simplicidade do ser!

    (D)Existir e (de)sentir.

    ResponderExcluir