Sonhos Lúcidos

Faz tempo que estava querendo escrever sobre um dos bens mais lindos da criação humana e um dos bens mais preciosos pra mim: a música.

Incrível o que acontece comigo. Parece que musica em mim funciona como uma bateria que recarrega minhas forças pra viver. As experiências que uma melodia me traz são tão intensas e reais quanto viver naquele exato instante. Toca-me tão profundamente que parece me partir em duas.

Não há nada tão divino e tão humano ao mesmo tempo. Parece ser o toque de eterno e sublime que o homem tem dentro de si para expressar.

Cantar é mais do que simplesmente falar o que se sente. É como se juntassem palavras, emoções, ações e voz tudo num só e daí nascesse a canção. É a maneira mais completa do expressar humano. Por não ser tão explicita se torna mais instigante. E nas entrelinhas das notas que se percebe a alma de quem expressa a melodia. É por meio dos versos que sou confrontado a sentir.

Por isso que quando se ouve uma música, consegue-se se transportar para um mundo cheio de emoções e sentimentos. Aí, fica-se tão tocado que uns dançam, outros cantam junto, outros pulam, outros gritam, ou balançam a cabeça sem parar, ou simplesmente batem o pezinho no chão, ou estralam os dedos, ou batem palmas, ou giram até cair no chão.

A música aguça todos os sentidos e faz eles explodirem em nós. Os olhos lacrimejam, a pele arrepia, a garganta esbraveja, os ouvido vibram, até o nariz sente. Sente o cheiro do mundo que se manifesta entre tons e compassos e se concretiza em nós por meio de voz, versos e instrumentos.

Ela nos renova. Ela nos transforma. Ela nos constrói, ou nos quebra em pedaços. Ela é viva e sai de nós e entra em nós. Mais presente não pode estar, pois ela é parte de nós em sentidos, pele e coração. Música, acima de tudo, é emoção!

Dedico às minhas maiores fontes de inspiração: Yann Tiersen e Beirut. Estava ouvindo as incríveis melodias destes dois quando escrevia este texto e todos os outros desse blog.