Um mormaço tem comprimido os corpos dos viventes.
Nó nos pés e na garganta.
A angústia tem cozinhado todos em fogo brando.
Viver numa jaula aberta é sempre mais difícil.
O litígio da decisão adormece na maioria das vezes.
Carregar o Sol nas costas, o peso da luz, seu ardor.
Seguir significa sempre vestir os trapos, cobrir-se de cinzas,
Lamentar e arder vivente.
A vida é o lugar do luto.
Enquanto as horas consomem a carne,
Pendemos tristes entre o tudo ou nada
E nos deparamos com a melancólica lucidez desses dias.